O que é cadeia de suprimentos e seus componentes principais

A cadeia de suprimentos é um termo que tem ganhado bastante destaque no mundo dos negócios, mas você sabe o que significa e como afeta diretamente o sucesso de uma empresa? Neste artigo, iremos desvendar o que é cadeia de suprimentos e como ele se aplica tanto diretamente quanto indiretamente nos negócios.

Antes de mais nada, é importante entender que a cadeia de suprimentos vai muito além do processo de compra e venda. Ela engloba todas as etapas e processos que envolvem a criação e distribuição de um produto ou serviço, desde a obtenção de matéria-prima até a entrega final ao consumidor.

Vamos mergulhar nos detalhes para entender melhor esse componente crítico do mundo empresarial.

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Entendendo a cadeia de suprimentos

As cadeias de suprimentos têm suas raízes na antiguidade, evoluindo com a industrialização, que trouxe maior eficiência na produção e entrega de bens e serviços. 

Exemplos históricos, como a padronização de peças de automóveis por Henry Ford, marcaram o início da produção em massa, atendendo a uma clientela crescente. A tecnologia, como a invenção dos computadores, adicionou sofisticação aos sistemas de gestão da cadeia de suprimentos (SCM). 

Tradicionalmente, o SCM era uma função linear e isolada, administrada apenas por especialistas.

Internet e Inovação Tecnológica

Contudo, a internet, a inovação tecnológica e a economia global transformaram essa dinâmica. Atualmente, as cadeias de suprimentos são redes complexas e interconectadas, operando 24 horas por dia. No centro dessas redes estão os consumidores, cujas expectativas de atendimento imediato e personalizado moldam a operação dessas cadeias.

De forma mais resumida e até um pouco simplista, a cadeia de suprimentos, ou supply chain, é uma rede interconectada de indivíduos, organizações, recursos, atividades e tecnologia envolvida na produção e venda de um produto ou serviço. A cadeia começa com a entrega de matéria-prima do fornecedor para o fabricante e termina com a entrega do produto final ao consumidor.

Alguns autores da academia ressaltam que a cadeia de suprimentos consiste em um conjunto interligado de organizações e processos que geram valor por meio da produção e entrega de produtos e serviços aos consumidores finais.

Mas isso não é só. A gestão da cadeia de suprimentos também faz-se importante e traz diversos benefícios com sua implementação. Segundo Azevedo (2002), citando Ching (1999), Ballou (2006) e Novaes (2001) apud PLATT p. 78, 2015, temos: 

  • Redução de custos significativa;
  • Possibilidade de oferecer fornecimento global;
  • Agregar valor ao cliente;
  • Customização e velocidade do atendimento;
  • Informações compartilhadas (no sentido de integração).

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Principais componentes da cadeia de suprimentos

Para ser formada por completo, a cadeia de suprimentos consiste em vários elementos-chave, incluindo:

  • Fornecedores: Empresas que fornecem as matérias-primas necessárias para a fabricação de produtos.
  • Fabricantes: Empresas que transformam essas matérias-primas em produtos acabados.
  • Distribuidores: Organizações responsáveis por mover os produtos dos fabricantes para os varejistas ou diretamente para os consumidores.
  • Varejistas/ Atacadistas: Lojas ou plataformas que vendem os produtos aos consumidores finais.
  • Clientes: Os consumidores finais que compram e utilizam os produtos.

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De acordo com Platt (2015, p. 81-83), dentro desse cenário básico, a cadeia de suprimentos pode ter três dimensões estruturais possíveis: 

  • Estrutura vertical da cadeia: número de níveis pertencentes ao processo de transformação e transporte.
  • Estrutura horizontal da cadeia: quantidade de fornecedores ou clientes nos mais diversos níveis da cadeia, podendo variar entre poucas e muitas empresas em cada nível.
  • A posição da empresa líder na cadeia: basicamente é a colocação da empresa principal da rede ao longo dos eixos da cadeia, podendo estar mais próxima dos fornecedores ou dos clientes finais.

Importância de gerenciar a cadeia de suprimentos

Um gerenciamento eficaz da cadeia de suprimentos pode resultar em custos mais baixos, maior eficiência e satisfação do cliente, além de dar às empresas uma vantagem competitiva significativa. Ineficiências, por outro lado, podem levar a atrasos na produção, estoques excessivos ou insuficientes, e um aumento geral nos custos.

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Dentro desse contexto, os processos da cadeia de suprimentos são criados por meio de vínculos integrados a fim de produzir um resultado para todos os integrantes. Segundo Uhia (2001, apud PLATT, p. 86, 2015), os vínculos podem ser de quatro tipos: 

  • Administrados: São aqueles que representam o vínculo entre a empresa líder e os fornecedores da cadeia com o objetivo de desenvolver e gerenciar todos os processos e o planejamento da cadeia de suprimentos.
  • Monitorados: diz respeito ao envolvimento e participação de empresas que estão fora da cadeia, por exemplo, aquelas responsáveis por monitoramento e auditorias.
  • Não administrados: competem aos vínculos que são confiados a outras empresas em nível administrativo, mas sem participação direta.
  • Não participantes: de forma geral, representam as relações entre a empresa líder e integrantes de outras cadeias a fim de conquistarem objetivos específicos, por exemplo, reduzir custos, aumentar o estoque de produtos, etc.

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Diferença entre suprimentos diretos e indiretos

Sendo bastante objetivo, podemos dizer que enquanto a cadeia de suprimentos direta está relacionada aos processos que têm impacto imediato na produção de bens e serviços, a cadeia de suprimentos indiretos refere-se aos materiais e serviços que não fazem parte do produto final, mas são necessários para o funcionamento geral da empresa. Vamos destacar um pouco mais cada uma delas abaixo.

Cadeia de suprimentos diretos

Em linhas gerais, a cadeia de suprimentos direta lida com todas as etapas diretamente relacionadas à criação de um produto. Claro que vale a pena ressaltar que esses materiais variam de acordo com o ramo de atuação de cada empresa. 

Então, o que pode ser um insumo direto para uma, pode não ser para outra. Por exemplo, o papel e as tintas são suprimentos diretos no caso de uma gráfica ou editora, mas não no caso de uma empresa comum.

Cadeia de suprimentos indiretos

Os suprimentos indiretos, por outro lado, podem incluir itens como equipamentos de escritório, EPIs, descartáveis e embalagens e produtos de limpeza. Estes são essenciais para manter as operações do dia a dia da empresa, mas não são incorporados diretamente nos produtos vendidos aos consumidores.

Desafios na cadeia de suprimentos

Agora que traçamos um panorama geral, podemos entender que a cadeia de suprimentos, essencial para a eficiência operacional e competitividade das empresas, enfrenta uma série de desafios que impactam sua funcionalidade. 

Entre os principais obstáculos estão a volatilidade da demanda, que dificulta a previsão precisa de necessidades; as interrupções logísticas causadas por desastres naturais, pandemias e conflitos geopolíticos; e as questões relacionadas à sustentabilidade e responsabilidade social, que exigem práticas mais ecológicas e éticas, isso vale, também, para contextos mais globais. 

Além disso, a digitalização e a integração de novas tecnologias, como inteligência artificial e Internet das Coisas (IoT), trazem tanto oportunidades quanto complexidades adicionais, requerendo adaptações constantes e investimentos significativos em infraestrutura e capacitação.

Gerenciar uma cadeia de suprimentos não é uma tarefa fácil. Entre os desafios que citamos brevemente acima, podemos aprofundar um pouco mais os seguintes:

Volatilidade da demanda: A demanda do consumidor pode ser imprevisível, e a capacidade de responder rapidamente a essas mudanças é crucial para o sucesso da cadeia de suprimentos, independentemente da dimensões estruturais que citamos em tópicos anteriores.

Complexidade global: No ambiente global atual, as cadeias de suprimentos podem se estender por muitos países, cada um com seus próprios regulamentos e desafios logísticos.

Gestão de riscos: Quando imprevistos acontecem, como desastres naturais, interrupções políticas e outros eventos inesperados, por exemplo, pode interromper gravemente a cadeia de suprimentos e também afetar diretamente o preço dos produtos.

Integração de tecnologia: A integração de novas tecnologias é essencial para manter a eficiência, mas pode ser um processo complexo, caro e que toma muito tempo das empresas dependendo da tecnologia. Nessa parte, é preciso ter um timing certo e consistência para implementar, uma vez que envolve adaptação e muito treinamento.

Tecnologia na cadeia de suprimentos

A tecnologia desempenha um papel vital na modernização das cadeias de suprimentos. Softwares de Gestão de Cadeia de Suprimentos, sistemas de planejamento de recursos empresariais (ERP) e outras ferramentas digitais podem ajudar a:

  • Melhorar a comunicação entre os parceiros da cadeia de suprimentos.
  • Aumentar a visibilidade de estoque.
  • Otimizar o transporte e a logística.
  • Prever demandas futuras com mais precisão.

Por exemplo, aqui no Gimba, temos o Gimba Empresas, um sistema gratuito disponível para todos os nossos clientes que possuem um contrato com a gente. Esse sistema web é integrado com os principais ERPs do mercado, o que proporciona ao cliente centralizar todas as suas informações num único lugar, além de gerir toda a cadeia de suprimentos indiretos da empresa.

No Gimba Empresas, os clientes têm um trunfo: centralizar todos os seus fornecedores num único lugar, receber uma única nota fiscal e uma única entrega, o que ainda colabora com questões e pautas super importantes atualmente como ESG, por exemplo.

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Estratégias para otimizar a cadeia de suprimentos

Para que uma cadeia de suprimentos seja bem-sucedida, algumas estratégias podem e devem ser empregadas:

  • Colaboração entre parceiros: Ter parceiros para trabalhar de forma colaborativa com fornecedores e distribuidores pode ser um verdadeiro aliado em prol da melhoria da eficiência e da comunicação.
  • Gestão de relacionamento com fornecedores (SRM): Desenvolver um relacionamento sólido e de confiança com os fornecedores é crucial para garantir a qualidade e a pontualidade dos insumos. Nessa parte, ressaltamos 10 motivos para explorar o mundo Gimba.
  • Planejamento de recursos: Ter um bom planejamento dos recursos necessários, incluindo a gestão de estoque, é essencial para evitar excessos ou falta de produtos.
  • Flexibilidade e adaptabilidade: Ser capaz de se adaptar rapidamente às mudanças no mercado pode ser o que separa as empresas bem-sucedidas das que ficam para trás.

Além disso, existem os 7Cs, que são temas que visam analisar o nível de relacionamento entre fornecedores e clientes. Destacamos segundo Austin (2007), sendo: clareza do propósito, compromisso, conexão, congruência, criação de valor, comunicação e contínuo aprendizado. Mas esse assunto fica para um próximo artigo.

Como vimos brevemente, a cadeia de suprimentos é uma parte essencial do funcionamento de qualquer negócio e de qualquer estrutura. Compreendendo todos os seus componentes, desafios e a importância de uma gestão eficiente, as empresas podem maximizar sua eficiência, reduzir custos e melhorar a satisfação do cliente.

Hoje, a cadeia de suprimentos é totalmente voltada aos clientes e na capacidade das empresas atenderem rapidamente e com precisão às necessidades deles dentro de um prazo razoável. 

Além disso, prazo e agilidade é importante, mas não é tudo. Nesse sentido, é preciso olhar para a cadeia através dos olhos dos clientes e fazer tudo na hora certa, antes, durante e depois das entregas.

Ao manter a cadeia de suprimentos funcionando sem problemas e eficientemente, as empresas podem não apenas atender melhor às expectativas dos clientes, mas também se posicionar para o sucesso a longo prazo em um mercado cada vez mais competitivo.

Se você quer saber como o Gimba ajuda milhares de empresas no Brasil com o fornecimento de insumos indiretos, entre em contato conosco e fale com um de nossos especialistas de mercado. 

Num bate papo, vamos conseguir construir juntos uma solução 100% personalizada para o seu negócio e que, com certeza, atenda todas as suas necessidades. Esperamos por você.

Referências bibliográficas

PLATT, Allan Augusto. Logística e cadeia de suprimentos. – 3. ed. – Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração. UFSC, 2015.

UHIA, Alejandro Sergio. Supply Chain Management: Implementación y Oportunidades de Investigación, dez. 2001.

AUSTIN, James. Questões-chave para análise de relações de parceria. 2007.

AZEVEDO, Jovane Medina. Cadeia de abastecimento no Comércio Eletrônico sob a ótica de redes flexíveis: um método de estruturação. 2002. 289 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002.

BALLOU, Ronald H. Logística empresarial. São Paulo: Atlas, 1993.

CHING, Yong Y. Gestão de estoques na cadeia de logística integrada: supply chain. São Paulo: Atlas, 1999.

NOVAES, Antônio G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição: estratégia, operação e avaliação. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

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